A segunda maior etapa da viagem passou.
Foram 879 km percorridos em um pouco mais de 10h e isso contando com as
paradas para abastecimento e tempo para lanche. Façam as contas e verão que monótono
este trecho não foi! Média de velocidade lá em cima (não deixem nossos
familiares saberem!), mas não dava para ser diferente, as estradas em ótimo
estado de conservação praticamente vazia em 80% do trecho, sem radares moveis
ou fixos, praticamente sem policia, era uma Autobahn de uma pista sem limite de
velocidade! Não dava para andar devagar. Porem não foi fácil também, a
temperatura ficou na maior parte do tempo em torno de 15 graus, não é tão frio,
mas foi o suficiente para que tivéssemos que nos agasalhar melhor. Passamos por
diversos campos de plantação de vinho novamente, plantação de grãos e criação
de gado, esta região é conhecida como Pampas. Vários pedágios, mas nenhum deles
moto paga, a questão é que sempre tem uma surpresa sobre onde a moto deveria
passar, em uma ocasião ficamos em um labirinto e tivemos que de longe perguntar
a moca da cabine o que fazer e ela simplesmente disse ...passe por aqui que eu
libero...Umas plaquinhas nos pedágios não seria nada mal! Mas tudo bem valeu a experiência.
.Outra coisa que fez com que os trechos não caíssem na monotonia foi nos últimos
150 km. Nunca tivemos que ultrapassar tanto caminhão como desta vez, e olha que
é domingo, a coisa no campo não para! Para coroar este dia tomamos mais um bom
vinho e de quebra a melhor carne de toda a viagem! Ia quase esquecendo um fato
interessante, em toda viagem no Chile até próximo a Mendoza, nossas viseiras e
motos simplesmente não foram alvos de insetos, porque simplesmente não havia, a
região é muito árida e acho que nem inseto tem o que comer, mas no trecho de
hoje estavam todas elas lá nos esperando para nos fazer companhia, permanente,
grudada em nós! Bem, pelo menos até a próxima limpeza. Amanha deixaremos a
Argentina e que venha Uruguai!